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APLB avalia que manutenção de datas do ENEM prejudica os estudantes da rede pública

APLB avalia que manutenção de datas do ENEM prejudica os estudantes da rede pública

07 de Maio de 2020

Contrária à decisão do ministro da Educação, Abraham Weintraub, de manter as datas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), apesar da pandemia do novo Coronavírus, a APLB-Sindicato como representante dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia defende o adiamento da prova e a discussão de novas datas.

Para o professor Rui Oliveira, coordenador-geral da entidade, a manutenção da data das provas só amplia as desigualdades e prejudica os estudantes da rede pública. “É necessário que o ministro da Educação seja sensível ao momento da Pandemia. Inclusive, para muitos estudantes da rede pública, o acesso à internet é uma realidade muito distante. E com a necessidade do isolamento social essa dificuldade é ampliada. Cabe ao ministro ter um mínimo de bom senso e alterar as datas. Os estudantes necessitam de mais tempo. Como se preparar se as aulas presenciais estão suspensas? É um absurdo a indiferença do então ministro ao declarar que ‘o ENEM não foi feito para corrigir injustiças’. Exigimos respeito e mais lucidez”, pontua Rui.

O professor ainda destaca que no âmbito da saúde pública, “é uma decisão de extrema imprudência manter a data de realização das provas, tendo em vista que causarão aglomerações nos locais onde serão realizadas”, ressalta.

Além dos movimentos estudantis, políticos e entidades ligadas à Educação reforçam a necessidade do adiamento das provas. Deputados federais pedem que o Projeto de Decreto Legislativo nº 167/2020, que suspende o edital da prova de 2020, seja aprovado em regime de urgência. Já encaminhado ao plenário, o texto prevê o adiamento da prova e discussão de novas datas.

Além dos inúmeros apelos do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e da União dos Dirigentes Municipais de Educação; e das recomendações emitidas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), uma ação popular corre na Justiça do Maranhão pedindo a prorrogação dos prazos. No Congresso, dois projetos de lei foram propostos com o objetivo de alterar as datas do exame.

Para muitos, a interpretação é que a teimosia do ministro se deve apenas ao desejo de agradar o presidente Jair Bolsonaro, uma vez que a alteração na data da prova, marcada para os dias 1 e 8º de novembro, não traria prejuízos financeiros ou logísticos.

 

Com informações da Central APLB

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