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A missão educacional e emancipadora da Escola Nacional Florestan Fernandes, que chega a 18 anos

A missão educacional e emancipadora da Escola Nacional Florestan Fernandes, que chega a 18 anos

23 de Janeiro de 2023

A Escola Nacional Florestan Fernandes (Enff) completou a maioridade.  Os 18 anos celebrados nesta segunda-feira (23) comprovam, mais uma vez, o acerto visionário do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em apostar na construção de um local para formação política, aberto a todo público, com o objetivo de “desconstruir valores impregnados em nós, sujeitos humanos de uma sociedade capitalista, colocando no lugar novos valores da solidariedade, companheirismo, respeito e gentileza”. 

Assim define Rosângela Fernandes, coordenadora pedagógica da Escola, em entrevista ao programa Bem Viver, da Rádio Brasil de Fato, na edição desta segunda-feira (23).

A coordenadora celebra que, este ano, a Enff vai oferecer 34 cursos de formação para o público em geral. Os módulos duram de uma semana a três meses, lecionados por professores e intelectuais voluntários.

Com 12 hectares de área, a Escola Nacional Florestan Fernandes foi construída em Guararema, região metropolitana de São Paulo (SP), por cerca de mil militantes de 112 assentamentos e 230 acampamentos do MST.

Inaugurada em 23 de janeiro de 2005 e batizada em homenagem ao sociólogo e político brasileiro Florestan Fernandes, a escola oferece hoje cursos livres, superiores e de especialização e tem parceria com instituições de ensino reconhecidas e prestigiadas no Brasil e no mundo.

Rosângela Fernandes explica que “as atividades de formação não podem ser apenas de estudos teóricos. Essa é, apenas, uma das dimensões do projeto”, defende a coordenadora.

“O trabalho é outra dimensão. Atividades de sobrevivência, como o limpar e o cozinhar são importantes para trazer o vínculo com o princípio educativo do trabalho no sentido de ampliar e aprofundar o processo de formação humana.”

Soma-se a isso “a dimensão da organicidade, no sentido de como as pessoas se auto organização. Temos núcleos de base, coordenações”, lembra Fernandes. 

A coordenadora não deixa de citar, também, a dimensão da arte e da cultura, que, segundo Fernandes, “possibilita compreensão a partir dos diversos estímulos que existem dentro das manifestações artísticas”.

E por fim a dimensão dos valores humanistas. Rosangela Fernandes finaliza lembrando da importância de conectar o trabalho da Escola com os “valores ligados a uma sociedade emancipada, a valores socialistas”. 

“Esse é o projeto que nós almejamos. precisamos construir uma nova sociedade, ao mesmo tempo que precisamos de sujeitos humanos novos, emancipados para poder manter essa sociedade organizada”.


Texto com informações do Brasil de Fato

 

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