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Luta pela aplicação do piso na carreira continua e greve nacional está prevista

Luta pela aplicação do piso na carreira continua e greve nacional está prevista

27 de Março de 2023

Mesmo antes das grandes mobilizações em todo país, em defesa da valorização profissional de quem trabalha na educação básica pública, que aconteceram na última quarta-feira (22), as/os trabalhadoras/es da educação já sinalizaram que a luta pela aplicação do piso na carreira será constante. A categoria tem no radar uma greve nacional da educação para 26 de abril.

Os/as profissionais da educação aprovaram no último dia 19, depois de três dias de muitas palestras e debates sobre a conjuntura nacional da educação e sindical na “4ª Plenária Intercongressual Professor João Felício”, um plano de lutas em defesa da educação pública de qualidade, o que inclui a mobilização em torno da aplicação do piso, até que todos/as prefeitos/as e governadores/as reajustem o piso em 14,94%, de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,36, para uma jornada de no máximo 40 horas semanais, e o governo federal revogue o Novo Ensino Médio (NEM).

Esta luta não começou e nem terminou neste dia 22, destaca o secretário de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão. Segundo ele, a guerra para que a Lei do piso (n° 11.738) seja efetivamente cumprida acontece desde o dia 16 de julho de 2008, quando foi sancionada pelo presidente Luíz Inácio Lula da Silva.

“Existe uma insistência de governadores/as e prefeitos/as em não cumprirem a lei e ainda buscarem todos os artifícios para inviabilizar essa conquista do Magistério, que queremos que seja estendida a todos os trabalhadores da educação, porque as escolas não vivem apenas de professores, existem também merendeiras, serventes, funcionários da administração que precisam e devem ser valorizados. No dia 26 de abril faremos uma greve nacional pela aplicação da Lei do Piso na carreira e nosso calendário também aponta para a realização de uma Macha em Defesa da Educação em outubro”, explicou Leão.

O dirigente também disse que é importante entender que se trata da aplicação do piso na carreira, porque muitos governantes têm transformado o piso em teto, simplesmente aplicam o reajuste do piso e é isso que fica sendo o salário geral dos professores, tanto os que começaram agora quanto aos que estão na profissão há muito mais tempo. “Dessa maneira os governantes têm tentado burlar a lei do piso e é por isso que a categoria tem de estar sempre mobilizada para defender o interesse, que não é só da categoria, mas que também é em conquistar uma educação pública de qualidade, que não acontecerá se não houver trabalhadores/as da educação sendo respeitados com dignidade”, destacou Leão.

Agenda de mobilização nacional da categoria

- 20 de março a 23 de abril: organização da 24ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública e coleta de assinaturas de parlamentares ao manifesto da CNTE pela revogação do Novo Ensino Médio (NEM);

- 24 de abril: entrega dos manifestos no Ministério da Educação (MEC) sobre a revogação do NEM e pelas diretrizes de carreira;

- 26 de abril: Greve Nacional da Educação pela aplicação do reajuste do piso salarial inicial e na carreira para os/as profissionais da educação e pela revogação do NEM;

- 28 de abril: acontecerá a Live Nacional pela revogação do Programa Escola Cívico Militares;

- 1° de maio: os/as profissionais de educação irão às ruas em todo país pelos direitos da classe trabalhadora;

- 11 de agosto: a luta será nos Estados pelo Dia dos Estudantes;

- 7 de setembro: Grito dos/as Excluídos/as;

- 5 de outubro: no Dia Mundial do Docente, será a vez da Marcha da Educação em Brasília.


Texto com informações da CNTE
Foto: Cpers

 

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